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17 de março de 2017

Tupã registra queda acentuada em vagas no varejo


Agronegócio pode amenizar impactos da crise

 ECONOMIA

Economistas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), participaram na tarde de ontem de uma coletiva com a imprensa no Sindicato do Comércio Varejista de Tupã (Sincomércio), onde apresentaram dados do emprego local do varejo, referentes aos anos de 2015 e 2016.

Os economistas informaram que o número de vagas de trabalho geradas em Tupã apresentou queda, no período analisado, diferente do ocorrido no Estado de São Paulo. Enquanto o município de Tupã teve alta de 144% na retenção de vagas de trabalho formal, o Estado de São Paulo aumentou 20%.

“O Estado de São Paulo saiu de 60 mil vagas fechadas em 2015, para 48 mil em 2016. Em Tupã, foram 87 vagas fechadas em 2015 e 212 em 2016”, explicou o economista da FecomercioSP, Jaime Vasconcelos.

Segundo o economista, a redução na receita de vendas fez as empresas adequarem seus recursos. “A mão de obra é um dos maiores custos dentro de uma empresa”, observou.

Jaime destacou a redução no consumo das famílias sob o impacto da inflação, endividamento e inadimplência. Isso leva uma redução de receita das vendas das empresas varejistas, fazendo com o que o emprego caia.

“Porém, com a inadimplência no município atrelada ao agronegócio é positiva, pois, isso pode amenizar os impactos da crise financeira. Tivemos um agravamento da crise, mas observando a conjuntura e a estrutura da economia local, nos favorece essa dependência do agronegócio, que deve se recuperar mais rápido do que em outras regiões”, salientou.

De acordo com o economista, as regiões do Estado mais dependentes da indústria pesada, como metalúrgica e automóveis, por exemplo, tendem a sofrer um pouco mais para se recuperarem economicamente.

“Esse setores têm uma crise mais profunda do que o agronegócio e, por isso, demitiram e sofrem mais para a recuperação”, afirmou.

Macro

O assessor econômico da FecomercioSP, Fábio Pina, enfatizou que as regiões mais dependentes do agronegócio sentiram efeitos “drásticos” no início da crise. “O agronegócio amorteceu tudo isso”, disse.

Pina destacou que as regiões dependentes do agronegócio devem ser as primeiras a se recuperar economicamente, em relação aos demais municípios que possuem outras atividades econômicas como maior fonte de renda, devido aos preços agrícolas praticados no mercado internacional.

“O único Estado não agrícola do Brasil é São Paulo e, não por acaso, é o que mais produz produtos agrícolas. As exportações estão crescendo em volume e em valor”, disse o economista, ao destacar que a recuperação do Brasil se dá, primeiro na confiança dos consumidores.

Pina ressaltou que a recuperação nos índices da inflação da taxa de juros ainda não foi sentida pela indústria. “Isso vai começar a chegar ao emprego da indústria no segundo semestre”, observou.

De acordo com o assessor econômico, o interior do Estado de São Paulo, é comparado ao “terceiro Estado” do Brasil em tamanho de PIB. “O interior de São Paulo e o Estado antecedem o que vai acontecer com Brasil, devido a sua importância na economia do País”, ressaltou.

No cenário internacional, a China quer estimular seu desenvolvimento econômico. Os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, pretende iniciar um novo trajeto de infraestrutura, que deverá aquecer o mercado interno americano. “Isso levou o preço de comodities metálicas e de alimentos”, afirmou Pina, ao salientar que o Brasil está em um “bom momento do cenário externo”.

Já no cenário interno, o economista observou que a atual equipe econômica do governo Temer foi marcada e trabalha há menos de um ano. “Mas tem uma visão de mercado, buscando tornar o Brasil um ambiente propício para os negócios, muito maior do que a equipe de anterior. O Brasil está se recuperando em termos de confiança internacional”, destacou.

Segundo o assessor, o Brasil vive um momento diferente na economia, que será sentido na região interiorana do Estado de São Paulo. “Sofremos com a crise e perdemos muitos empregos. Esse é o pior flagelo da crise, mas isso vai se recuperar. Essa é a pior crise da história econômica do Brasil, sem precedentes”, enfatizou.

Pina estima que o Brasil deverá retomar o patamar de consumo e produção dos anos de 2013 e 2014 somente entre os anos de 2021 e 2022.

“Perdemos uma década. Se tivéssemos crescido nesses anos o que não crescemos, o Brasil chegaria em 2021/2022 com PIB 25% maior do que terá. É 1/4 do PIB a mais, para cada cidadão. O Brasil chegaria em 2021/2022 cm consumo de 30% maior”, explicou.

A previsão de economistas é de que esse novo cenário possa se desenhar nos próximos três anos.

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