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17 de março de 2017

China não pode competir com países de mão de obra barata, diz especialista


Shang-Jin Wei diz que política de filho único impulsionou crescimento e, agora, efeito é o oposto

Intensificada a partir de 2012, a desaceleração da economia da China já era esperada, mas, em termos absolutos e comparado ao crescimento de outros países, a atividade econômica ainda demonstra robustez. O que tem puxado a taxa de crescimento para baixo são a elevação dos salários e um menor número de trabalhadores entrando no mercado, de acordo com Shang-Jin Wei, professor especialista em China da Columbia Business School.

Em entrevista ao UM BRASIL, em parceria com a Columbia Global Centers – Rio de Janeiro, braço da Universidade Columbia, de Nova York, Wei diz que a economia chinesa entrou no patamar de renda média e, por isso, o modelo de crescimento que vigorava está em transição. Segundo seus estudos, dos 130 países não pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a maioria tem custos trabalhistas mais baixos do que a China – até mesmo o Brasil.

“Não é possível competir com esses países em mão de obra barata. Por necessidade, é preciso crescer baseado em maior produtividade e em inovação. E é da natureza do crescimento baseado em inovação e produtividade que a taxa de crescimento não aumente tão rápido no futuro quanto ocorreu no passado. Nesse sentido, o declínio do crescimento não é uma surpresa”, afirma Wei. Veja a entrevista na íntegra aqui.

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