Em momentos de reformas, os comerciários de Tupã e região abriram na última quarta-feira, as negociações referentes à Campanha Salarial deste ano com a entrega da pauta de reivindicações aos representantes dos sindicatos patronais, tendo em vista a data-base da categoria fixada em 1º de setembro.

A reunião aconteceu na sede do Sincomércio de Tupã e contou com a presença do presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Tupã (Sincomerciários), Amauri Mortágua, que representa os prestadores de serviços no setor do comércio das cidades de sua base territorial e dos presidentes Milton Zamora de Tupã; Sérgio Vanderlei do Sindicato do Comércio Varejista de Adamantina e região; Valdecino Souza Santos, do Sindicato do Comércio Varejista de Lucélia e Agostinho Silvio Caliman, do Sindicato do Comércio Varejista de Osvaldo Cruz, que representam as empresas do comércio atacadista e varejista em suas respectivas regiões.

O objetivo dos sindicalistas é que a Convenção Coletiva seja assinada antes da data-base, reafirmando a luta por manutenção de emprego, conquistas sociais e de salário justo. Na discussão, os participantes reconheceram que o momento é deliciado e que é preciso chegar a um entendimento unitário, preservando o diálogo, além de um estudo mais aprofundado da aplicação nas convenções da reforma trabalhista aprovada pelos parlamentares e sancionada pelo presidente Michel Temer.

O presidente do Sincomerciários de Tupã, vereador Amauri Mortágua , enfatizou que a reunião foi proveitosa e

disse que é positivo o adiantamento da negociação para uma adequação justa. “É necessário que haja uma convergência com serenidade, sem conflitos, como em anos anteriores. Inclusive esta é uma região elogiada pelo desenvolvimento de suas negociações. Neste ano teremos mais dificuldades, pois nossa futura convenção conviverá com duas legislações: a atual até a metade de novembro e, após, também com as regras da reforma trabalhista. Será preciso adequar e contemplar as propostas dos dois lados, sem prejudicar aquilo que já se tem conquistado. Além disso, as negociações coletivas assumiram um papel mais importante ainda, pelo que nossa responsabilidade aumentou, com a aprovação do negociado sobre o legislado. É intenso o trabalho e deve ser feito com muita cautela para realizarmos as adequações possíveis”, disse Amauri.

Do outro lado, o presidente do Sincomércio de Adamantina, que é coordenador da região Oeste dos patronais, afirmou que são muitas mudanças e muitas dúvidas por parte dos empresários e empregados dos Sindicatos de ambas as representações.

“Estamos começando a negociar novamente. Nesta reunião sentimos uma dificuldade, temos receio de levar erros ao empresário ou ao empregado. Nos últimos anos, fizemos boas negociações, tivemos um bom diálogo e novamente neste ano estamos na busca de fazer a melhor convenção possível. Existe sim a questão da Reforma Trabalhista, mas temos a nossa data-base de 1º de setembro, antes de sua validade. Vamos ouvir as propostas dos empresários e dos empregados, estudar e analisar. Vivemos em um momento de crise econômica, política e tudo isso tem que ser colocado na mesa, além do índice de aumento, existem outras questões que devem ser discutidas”, declarou Sérgio.

O presidente do Sincomércio de Tupã, Milton Zamora, também expôs sua opinião e expressou sua satisfação em receber o presidente Amauri e sua diretoria. “Com o advento da aprovação da Reforma Trabalhista, temos que estudar com muito carinho e ver o que é bom para os dois lados. Vamos continuar conversando para tentar resolver da melhor forma possível, pois ninguém está acima de ninguém, temos que trabalhar em conjunto para o melhor da cidade. Nossa primeira reunião foi importante para esclarecer alguns aspectos, inclusive a reforma. Como a data-base é em 1º de setembro, temos um tempo para clarear as ideais e analisar as propostas. O adiantamento da discussão da convenção é muito importante”, disse Zamora.

Na reunião ficou decidido que as partes vão se manter em contato, com estudos e análises das propostas para serem inseridas nas convenções, como forma de agilizar o processo, enquanto alguns realizam suas assembleias, quando a nova reunião de negociação será realizada.

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